DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE SÍFILIS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL
Resumo
A sífilis está distribuída em todo o Brasil, mas é no Sudeste que há prevalência no número de casos notificados de sífilis adquirida e gestacional. O objetivo do estudo é descrever a distribuição de casos na região e observar se há diferenças significantes por estratos sociodemográficos e classificação clínica. Para tanto, foi realizado um estudo de prevalência com base na consulta aos Boletins Epidemiológicos emitidos pelo Ministério da Saúde entre 2016 e 2018. A análise de dados foi conduzida adotando-se testes para comparação de médias e de proporções ao nível de 0,05. A distribuição de casos de sífilis gestacional na região é significativamente variável, tendo São Paulo apresentado a maior média anual (10459±1918), seguido do Rio de Janeiro (7660 ± 1732). Os casos estão prevalentemente distribuídos na faixa etária de 20 a 39 anos, em pardas e com classificações clínicas predominantes latente e primária. A menor concentração de casos ocorreu entre analfabetos. A maior taxa de detecção de sífilis adquirida foi registrada no Espírito Santo em 2018 (114,1/ 100 mil hab). Constatou-se um aumento nas notificações de sífilis, enquanto a taxa de detecção também é crescente. Isto indica que pode se tratar de um real aumento ou pode ser determinado por intervenções realizadas pelo serviço de vigilância, através da busca ativa de casos, especialmente durante o pré-natal.