DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE SÍFILIS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

  • Iago Sávyo Duarte Santiago UFCA
  • Carlos Victor Chaves de Lima
  • Estelita Lima Cândido
  • Rener Costa Pires
Palavras-chave: Sifílis, Infeccção por Treponema, Epidemiologia, Doenças Transmissíveis, Complicações Infecciosas na Gravidez

Resumo

A sífilis está distribuída em todo o Brasil, mas é no Sudeste que há prevalência no número de casos notificados de sífilis adquirida e gestacional. O objetivo do estudo é descrever a distribuição de casos na região e observar se há diferenças significantes por estratos sociodemográficos e classificação clínica. Para tanto, foi realizado um estudo de prevalência com base na consulta aos Boletins Epidemiológicos emitidos pelo Ministério da Saúde entre 2016 e 2018. A análise de dados foi conduzida adotando-se testes para comparação de médias e de proporções ao nível de 0,05. A distribuição de casos de sífilis gestacional na região é significativamente variável, tendo São Paulo apresentado a maior média anual (10459±1918), seguido do Rio de Janeiro (7660 ± 1732). Os casos estão prevalentemente distribuídos na faixa etária de 20 a 39 anos, em pardas e com classificações clínicas predominantes latente e primária. A menor concentração de casos ocorreu entre analfabetos. A maior taxa de detecção de sífilis adquirida foi registrada no Espírito Santo em 2018 (114,1/ 100 mil hab). Constatou-se um aumento nas notificações de sífilis, enquanto a taxa de detecção também é crescente. Isto indica que pode se tratar de um real aumento ou pode ser determinado por intervenções realizadas pelo serviço de vigilância, através da busca ativa de casos, especialmente durante o pré-natal.

Publicado
2023-04-11
Como Citar
Duarte Santiago, I. S., Chaves de Lima, C. V., Lima Cândido, E., & Costa Pires, R. (2023). DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE SÍFILIS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL. Diálogos Interdisciplinares, 12(1), 266-278. Recuperado de https://revistas.brazcubas.br/index.php/dialogos/article/view/1024