Financiamento Público nas Eleições 2018: análise da distribuição dos recursos de campanhas para Deputado Federal

  • Daniela Mascarenhas de Queiroz Trevisan Universidade Federal do Tocantins
  • Waldecy Rodrigues Universidade Federal do Tocantins
  • Keila Tanganeli Universidade Federal do Tocantins
  • David Nadler Prata Universidade Federal do Tocantins
  • Marcelo Rocha Lisboa Universidade Federal do Tocantins
  • Michelle Araújo Luz Cilli Universidade Federal do Tocantins
Palavras-chave: Campanhas femininas, eleições brasileiras, mulheres na política, candidaturas femininas

Resumo

Embora a maioria do eleitorado brasileiro seja composto por mulheres, ainda há uma minoria delas ocupando as cadeiras na Câmara Legislativa Federal. Nas eleições 2018, foi introduzida uma importante política de incentivo à participação feminina, caracterizada pela obrigatoriedade de alocação mínima de 30% dos recursos públicos nas candidaturas das mulheres. Por ser a primeira eleição com esta política, este trabalho buscou contribuir avaliando quantitativamente se o financiamento da campanha eleitoral, nesse novo contexto predominantemente público, influenciou na melhoria do desempenho eleitoral das mulheres. Para isto, foi realizada uma análise da arrecadação de recursos financeiros pelas candidatas ao cargo de Deputada Federal, em todo o país. Foi utilizada estatística descritiva para avaliar se, historicamente, as mudanças têm contribuído com o crescimento do número de mulheres ocupando este espaço político. Constatou-se que, embora tenha havido melhora, as recentes reformas eleitorais ainda não impactaram de forma significativa na ampliação da representação política feminina na Câmara dos Deputados. O número de mulheres candidatas e eleitas cresceu, mas há um longo caminho para ser percorrido para que o acesso da mulher possa ser considerado similar ao do homem. Também foi constatado que elas continuam subfinanciadas em relação aos homens. Além disso, a falta de critérios na distribuição dos recursos públicos que obrigatoriamente devem ser aplicados nas campanhas femininas, revela que um pequeno número de candidaturas é contemplado em detrimento de um grupo maior, diminuindo as chances de mais mulheres obterem sucesso eleitoral.

Biografia do Autor

Waldecy Rodrigues, Universidade Federal do Tocantins

Waldecy Rodrigues é professor e pesquisador da Universidade Federal do Tocantins, é graduado e mestre em Economia, e doutor em Sociologia, com Pós-doutorado também em Economia. Atualmente, é Professor no programa de Desenvolvimento Regional e no programa de Modelagem Computacional. Tem experiência em Desenvolvimento Regional; Economia Ecológica; e Avaliação de Políticas Públicas.

Keila Tanganeli, Universidade Federal do Tocantins

Keila Tanganeli é pesquisadora de mestrado no programa de Modelagem Computacional da Universidade Federal do Tocantins. É graduada em Ciências Contábeis e possui especialização em Auditoria Governamental e Gestão Pública e Qualidade. É Analista Jurídica do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) e tem experiência em Estrutura Partidária e Responsabilidade Eleitoral; Auditoria interna; e atua como Analista de Processos.

David Nadler Prata, Universidade Federal do Tocantins

David Prata é Professor da Universidade Federal do Tocantins, possui mestrado, doutorado e pós-doutorado em Ciência da Computação. Foi responsável pela implantação do programa de pós-graduação (mestrado e doutorado) de Modelagem Computacional da UFT e tem experiência com Análise de Dados; Aprendizado de máquina; Inteligência artificial; Tecnologias Educacionais

Marcelo Rocha Lisboa, Universidade Federal do Tocantins

Marcelo Lisboa é graduado em Ciência da Computação com mestrado em Computação e em Engenharia Elétrica. É doutor em Engenharia Elétrica e Pós-Doutor em Modelagem Computacional. É professor Associado na Universidade Federal do Tocantins, docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional de Sistemas e no curso de graduação em Ciência da Computação.

Michelle Araújo Luz Cilli, Universidade Federal do Tocantins

Michelle Cilli é mestre em Desenvolvimento Regional e servidora da Universidade Federal do Tocantins. É pesquisadora na área de Política, especialmente em: Política; Poder político; Políticas públicas; Instituições e Desenvolvimento

Publicado
2023-04-11
Como Citar
Trevisan, D. M. de Q., Rodrigues, W., Tanganeli, K., Prata, D. N., Lisboa, M. R., & Cilli, M. A. L. (2023). Financiamento Público nas Eleições 2018: análise da distribuição dos recursos de campanhas para Deputado Federal. Diálogos Interdisciplinares, 12(1), 417-431. Recuperado de https://revistas.brazcubas.br/index.php/dialogos/article/view/1175