A dimensão psicológica das cores
uma exploração do estado da arte
Resumo
Este artigo busca contribuir nas discussões referentes à área de estudo das cores. Tendo em mente que os efeitos psicológicos das cores na cognição dos indivíduos vêm ganhando cada dia mais espaço, seja na própria psicologia, como nas áreas de marketing e desenvolvimento de produto, buscou-se identificar como este conteúdo vem sendo debatido na comunidade científica. Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo compreender como transcorreram os estudos acerca da dimensão psicológica das cores em trabalhos científicos desde a sua primeira publicação até o ano de 2020. Para isso, foi realizado uma revisão bibliográfica sistemática que mapeou artigos, dissertações e teses, obtendo como resultado 116 textos. A metodologia trabalhada é classificada, quanto aos seus objetivos, como descritiva, e quanto à sua abordagem como quantitativa e qualitativa. Como resultado, conseguiu-se definir um conceito holístico sobre o que é cor pelo prisma da psicologia das cores, com Israel Pedrosa como autor mais citado, e Goethe como conceito mais antigo. Além disso, observou-se que as pesquisas que envolvem seres humanos não tendem a focar em um gênero específico, mas que a faixa-etária mais estudada são pessoas entre 21 e 59 anos. Com isso, percebeu-se uma defasagem nos estudos voltados à terceira idade. As cores mais pesquisadas são vermelho, azul, verde e amarelo, respectivamente, isto é, as cores básicas. A psicologia das cores é mais amplamente aplicada em áreas como psicologia, mais especificamente a psicologia cognitiva, assim como desenvolvimento de produto, design e marketing. Por fim, conseguiu-se concluir que as temáticas mais trabalhadas são aquelas que investigam a relação entre as cores e as emoções humanas.