CONSTRUÇÃO SUBJETIVA DO JOVEM NO CIBERESPAÇO E REFLEXÕES SOBRE A PROMOÇÃO DA SAÚDE
Resumo
O ciberespaço, lugar nativo aos jovens, viabiliza ampla diversidade de conteúdos e variadas formas de expressão, com potencial de impactar no processo da construção subjetiva e na saúde mental. O presente artigo visa discutir teoricamente a construção da subjetividade no meio virtual com vistas à promoção da saúde mental do jovem. Procedeu-se uma revisão narrativa da literatura, com abordagem interdisciplinar, em que foram reunidas contribuições teóricas da sociologia e da psicanálise, com ênfase às mudanças paradigmáticas da sociedade contemporânea. Como resultados, evidenciou-se a noção de mundo hipermoderno e seu paradoxo no processo de construção subjetiva, trazendo à tona questionamentos a respeito da patologização da relação do jovem com a tecnologia. Constatou-se que o meio virtual é permeado de inúmeras possibilidades, sem um limite claro e definido, que pode levar os jovens a sentirem-se perdidos numa infinidade de produtos e informações, gerando conflitos no processo de construção subjetiva. Conclui-se que pensar a promoção da saúde do jovem requer um olhar atento para a singularidade, assim como, estratégias que dêem voz aos jovens e não os apaziguem com um só modelo.