O USO DA HIALURONIDASE EM ANESTESIA ODONTOLÓGICA: REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Em procedimentos clínicos mais prolongados, muita das vezes a associação do vasoconstritor ao anestésico local necessita de uma complementação para cobrir todo o procedimento sem dor, o que é um problema diante de pacientes que possuem restrição de dose máxima (de anestésico local ou vasoconstritor). Dentre os adjuvantes não adrenérgicos que poderiam prolongar o efeito anestésico está a hialuronidase. Hialuronidases são enzimas que participam da hidrólise do ácido hialurônico. Está participa de diversos processos biológicos e são amplamente utilizadas nas áreas médicas, como oftalmologia. Em odontologia, os estudos ainda são poucos e a depender da dose e técnica de aplicação, levou a dor e trismo. Em outro estudo com dose menores, não melhorou a eficácia anestésica mas não induziu a dor e trismo, e outro estudo por sua vez, mudando a técnica de aplicação mostrou que a adição da hialuronidase em odontologia, aumentou o tempo de duração da anestesia e não induziu aos efeitos indesejáveis e relatados nos estudos anteriores, o que seria extremamente interessante a pacientes que possuem restrição de dose de AL ou vasoconstritor. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre o assunto, bem como relatar as poucas pesquisas voltadas para a área odontológica. Para tanto uma pesquisa bibliográfica exploratória em base de dados como PubMed, sciELO, LILACS, google acadêmico foi adotado e critérios como ano de publicação não foram utilizados. Vantagens da utilização da enzima hialuronidase são certas para a oftalmologia, já para a odontologia estudos ainda são necessários. As possíveis reações são locais e se encontram bem distantes do limite de toxicidade (absorção para a corrente sanguínea). A adição da hialuronidase ao anestésico local é uma boa opção a pacientes que possuem um limite máximo de anestésico local ou vasoconstritor como cardiopatas, vislumbrando assim um futuro próspero.